segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não sei...


Tenho uma enorme vontade de falar contigo sobre aquela noite… sabes nem sempre te entendo, nem sempre te percebo. Eu tento mas não consigo. Mas isso não me faz confusão, ou pelo menos já não faz. Não sei o que sentes, o que não sentes ou o que não queres sentir... Respondo-me num tumulto a todas as perguntas que anseio fazer-te… ou que já as fiz, mas não oiço a tua resposta. Não sei. Às vezes acho que sei, às vezes não sei. Tens medo de me ter? Tens medo de eu te ter? Não sabes se o que sentes…? É a distância que te assusta? Sou eu? O meu ambiente? Ou não é nada disso?! És tu e o teu mundo que te afastam? Não sei… Não sabes também… Há tantas respostas que procuro que me perco nas perguntas… ou serão suposições? Às vezes sufoco-me… às vezes tento banalizar tudo isto… mas não quero. Gosto do meu desadequado coração a rebobinar vezes sem conta esta história. A nossa. Anda… já não tenho medo. Sim… Já tive. Mas se não quiseres, fica. Fica aí. Quero-te como te sentires melhor. Agora num rompante lembro-me do momento em que finalmente cedeste. Ou fui eu? Ainda que alucinada senti o que de melhor alguma vez havia sentido. De olhos fechados via-te sorrir. Estavas feliz? Diz-me… Eu estava. Momento perfeito. Senti quente na minha face a ânsia que guardava em mim por este momento. Como foi para ti? Mais uma vez me passam uma série de possíveis respostas pela cabeça… ainda que não as consigas dar, eu preciso. Desculpa. Perspectivas? Sim… tenho-as em segredo. Ou não… sinto-me tão transparente. Quero cobrar-te, sim. Cobrar-te uma atitude perante mim, para eu saber como ser perante ti. Ou eu não entendi nada até agora e o amor não difere em nada da amizade? Penso e não penso. Não te vejo menos baralhada do que eu, eu também estou. Provavelmente se leres isto nem vais entender muito desta trapalhada que eu sou. Sim podes rir-te da minha cobrança eu também riu contigo. De mim, de nós. Só quero definir isto tudo sabes… Quero dizer o que és na minha vida sem recorrer ao abstracto à incerteza… Quero-te amiga em qualquer das decisões, mas também te quero amor… não vou esconder. Se não quiseres, fica. Fica aí. Quero-te como te sentires melhor.

1 comentário:

  1. ...
    Como explicar?... O coração e a mente nunca se entenderam... Às vezes queres muito uma coisa, mas tudo o que consegues fazer é correr dela para muito muito longe. E depois vem a dúvida... "Se eu tivesse ficado teria sido melhor? Pior? Teria em algo feito alguma diferença?"
    Sabes... Eu também me faço perguntas e divago nos "ses" da minha pobre e equivocada existência, mas já aprendi que perguntar demasiadas vezes uma coisa não nos trás a resposta e até, por vezes, só nos trás mais dúvidas. Por isso quando tiveres esses "ses" na tua cabecinha pensa como foi bom o momento e esquece tudo o resto.
    Mais uma vez: DESCULPA-ME de não estar aí contigo. Mais que nada foi mesmo cobardia... <3

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