segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Gostava

Andar numa bicicleta de dois assentos (posso ir atrás não me importo xD)
Andar numa moto com assento ao lado (SideCar) (e eu ir ao lado) *-*
Andar de cavalo à beira da praia xD (O cavalo pode ser preto, gosto tanto ^^)
Viver uma temporada numa autocaravana (só para mudar a minha casa de sítio todos os dias) *-*
Ter um carocha amarelo descaputável :O
Conduzir um Camião xD
Neve... sentir, mexer, brincar, pular na neve fazer anjinhos, bonecos de neve, luta de bolas, escorregar...) >.<
Aprender Lingua Gestual e Braille ^^
Aprender a tocar bateria :O
Trabalhar/ Ir num Cruzeiro *-*
Ter uma casa de banho com escadas para a banheira (Banheira Grande e Redonda) xD
Aprender/Participar em danças de salão e/ou outras (salsa, valsa, merengue, samba...) ^.~
Viver num Loft (uma casa ampla, arejada com vidros/janelas enormes), numa cidade bonita (Lisboa, Porto, Barcelona, Londres, Roma, Sidney, Ibiza, Nova Iorque... Sei lá) xD
Andar de Avioneta ^^
Saltar de Pára-Quedas e/ou andar de Asa Delta *-*
Fazer uma tattoo igual com alguém muito especial <3

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

...

Às vezes, não consigo compreender o porquê de tanta maldade, de tanto desinteresse, de tanto egoismo.
Egos demasiado massajados?! Egos demasiado massacrados?! Haverá uma linhagem que devemos não seguir?!
Como distinguir? Onde está a atitude que nos faz abrir os olhos e perceber que é preciso ter cuidado?
Poderemos alguma vez andar desarmados?! Poderemos alguma vez consentir-nos a confiar sem receios? Porque é que sempre que baixamos as armas, nos fazem sentir na derme que elas têm de estar sempre lá: atentas, prontas a disparar, prontas a fulminar, a destruír antes que nos destruam a nós?


A força que precisamos ter para não desistirmos de sermos humanos uns com os outros, é cada vez maior e mais difícil de manter.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Try



If i walk, would you run?
If i stop, would you come?
If i say you're the one, would you believe me?
If i ask you to stay, would you show me the way?
Tell me what to say so you don't leave me.
The world is catching up to you
While you're running away to chase your dream
It's time for us to make a move cause we are asking one another to change
And maybe i'm not ready

Chorus
But I'll try for your love
I can hide up above
I will try for your love
We've been hiding enough

If i sing you a song, would you sing along?
Or wait till i'm gone, oh how we push and pull
If i give you my heart would you just play the part
Or tell me it's the start of something beautiful.
Am i catching up to you?
While your running away to chase your dreams
It's time for us to face the truth cause we are coming to each other to change
And maybe i'm not ready

Chorus
But I'll try for your love
I can hide up above
I will try for your love
We've been hiding enough

I will try for your love
I can hide up above

2x huh huhhhhhhhhhhhhhhhhh huh huhhh

If i walk would you run
If i stop would you come
If i say you're the one would you believe me

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não sei...


Tenho uma enorme vontade de falar contigo sobre aquela noite… sabes nem sempre te entendo, nem sempre te percebo. Eu tento mas não consigo. Mas isso não me faz confusão, ou pelo menos já não faz. Não sei o que sentes, o que não sentes ou o que não queres sentir... Respondo-me num tumulto a todas as perguntas que anseio fazer-te… ou que já as fiz, mas não oiço a tua resposta. Não sei. Às vezes acho que sei, às vezes não sei. Tens medo de me ter? Tens medo de eu te ter? Não sabes se o que sentes…? É a distância que te assusta? Sou eu? O meu ambiente? Ou não é nada disso?! És tu e o teu mundo que te afastam? Não sei… Não sabes também… Há tantas respostas que procuro que me perco nas perguntas… ou serão suposições? Às vezes sufoco-me… às vezes tento banalizar tudo isto… mas não quero. Gosto do meu desadequado coração a rebobinar vezes sem conta esta história. A nossa. Anda… já não tenho medo. Sim… Já tive. Mas se não quiseres, fica. Fica aí. Quero-te como te sentires melhor. Agora num rompante lembro-me do momento em que finalmente cedeste. Ou fui eu? Ainda que alucinada senti o que de melhor alguma vez havia sentido. De olhos fechados via-te sorrir. Estavas feliz? Diz-me… Eu estava. Momento perfeito. Senti quente na minha face a ânsia que guardava em mim por este momento. Como foi para ti? Mais uma vez me passam uma série de possíveis respostas pela cabeça… ainda que não as consigas dar, eu preciso. Desculpa. Perspectivas? Sim… tenho-as em segredo. Ou não… sinto-me tão transparente. Quero cobrar-te, sim. Cobrar-te uma atitude perante mim, para eu saber como ser perante ti. Ou eu não entendi nada até agora e o amor não difere em nada da amizade? Penso e não penso. Não te vejo menos baralhada do que eu, eu também estou. Provavelmente se leres isto nem vais entender muito desta trapalhada que eu sou. Sim podes rir-te da minha cobrança eu também riu contigo. De mim, de nós. Só quero definir isto tudo sabes… Quero dizer o que és na minha vida sem recorrer ao abstracto à incerteza… Quero-te amiga em qualquer das decisões, mas também te quero amor… não vou esconder. Se não quiseres, fica. Fica aí. Quero-te como te sentires melhor.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Just Perfect



Take a breath, take it deep
Calm yourself, he says to me
If you play, you play for keeps
Take a gun, and count to three
I’m sweating now, moving slow
No time to think, my turn to go

[Chorus]
And you can see my heart beating
You can see it through my chest
And I’m terrified but I’m not leaving
Know that I must must pass this test
So just pull the trigger

Say a prayer to yourself
He says close your eyes
Sometimes it helps
And then I get a scary thought
That he’s here means he’s never lost

(Chorus)

As my life flashes before my eyes
I’m wondering will I ever see another sunrise?
So many won’t get the chance to say goodbye
But it’s too late too pick up the value of my life

(Chorus)


Quando eu nasci...



Quando você nasceu, Liliana, o signo que se levantava no horizonte - chamado "ascendente" - era Câncer. A combinação de Escorpião com Câncer, dois signos de Água, sugere uma natureza sensível, de emoções intensas e concentradas. O lado mais interessante desta combinação diz respeito ao fato de que o elemento Água possui uma força de acção muito concentrada: une-se, no seu caso, a notável tenacidade do signo de Câncer com o gosto escorpiano por desafios. Pode até não parecer, mas por detrás desta atmosfera "doce" existe muito poder concentrado, muita determinação pessoal.


É preciso, entretanto, aprender a cultivar uma maior objectividade, para que você perceba seriamente se aquilo pelo qual luta vale de fato a pena. Você, Liliana, corre o risco de dedicar muita atenção e tempo a coisas por motivações quase sempre emocionais, de apego, e nem sempre aquilo que nosso emocional dita tem uma validade racional. Procure avaliar, portanto, até que ponto você insiste teimosamente num objectivo ou relação.


Um natural senso de compreensão da alma e das emoções alheias lhe confere um dom inato para a psicologia, e mesmo que você não venha necessariamente a estudar esta área a fundo, uma capacidade natural e espontânea para mergulhar na alma alheia lhe garante um bom senso de como lidar com o outro.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Livro "Toque de Veludo"


Sinopse

Um romance irreverente, sensual e multifacetado, cuja acção se desenrola na Inglaterra vitoriana. Toque de Veludo acompanha a carreira fulgurante de Nan King - a rapariga humilde que se transformou em vedeta do music-hall e que, após um percurso dissoluto, se redescobre como lésbica no East End.


Toque de Veludo de Sarah Waters


Críticas de imprensa
Uma leitura que não se consegue interromper, uma incursão divertida, provocante e picaresca pelo submundo das lésbicas e homossexuais nos tempestuosos anos de 1890.»
Independent on Sunday.



Curiosa ^^

domingo, 29 de novembro de 2009

It Comes and it Goes





"Some days I wanna, and some days I don't
Sometimes I can feel it and suddenly it's gone...
Some days I can tell you the truth and some days I just don't
Only a change of mood sun goes down some one says something to quick or to soon
A touch not made one made to late army's of words can not hope to contain...

Then It Comes And It Goes.

And I have no control.

Some days I can think clear and some days I won't
Sometimes I can feel it and suddenly it's gone...
Some days I am strong and some days my skins broken and thin
That's when it feels and it takes what it needs and it leaves before I get to know
Its only a step away moments that army's of words can not hope to contain...

Then it comes and it goes.

And I can't make it home.

And theres nothing at home.

And it breaks me when it goes.

Some days I wanna, and some days I don't
Sometimes I can feel it and suddenly its gone...
Some days I can tell you the truth and some days I just don't
Only a change of mood dream comes out some one tells something to quick or to soon
A move not made one made to late army's of words can not hope to contain...

Then it comes and it goes.

And I seem to hope

And theres nothing at home.

And it breaks me when it goes."

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Amiga


Sabes? Aquele sentimento leve que de repente sopra e muda tudo… Poucas boas palavras que refutam um punhado daquelas más... aquelas más que afloravam constantemente cá dentro… Palavras que me fazem pensar de novo sobre algo que tinha dado como estagnado. Palavras que pensava já não as sentir se alguma vez as ouvisse.

Enfim surpreendeste-me e fiquei aliviada. Aliviada por finalmente ver que afinal valeu a pena a minha dedicação a ti e a mim, enquanto par activo na construção da nossa amizade. Não sei o que virá, e do que passou tenho vagas passagens, hoje só me lembro do bom, aliás sempre me treinei nesse sentido… é se melhor quando se apaga o mau… embora às vezes seja difícil, ou permaneçam fragmentos que recordo sem querer e me afastam.

Hoje fizeste-me acreditar que sim. Que não me fiz indiferente perante ti, era esse o meu objectivo, sentires que eu era diferente das tuas outras amizades até então. A ti e a mim. E sabes? É…. É diferente. E hoje foste tu quem fez para que o fosse, pois confesso de olhos posto no chão que já não esperava muito de nós e deixei-me sossegada, fechei-me, e o amor que ultimamente dizias ainda sentir já não chegava até mim. Não deixava. Não queria mais. Deixei insanamente de acreditar.

Mas ainda bem que a nossa amizade não sou só eu, também és tu. E aqui estas. Hoje, não sei o que te moveu mas disseste algo mais do que um “amo-te”… mostraste. Foi isso que despertou em mim o que julgava não existir mais. Sentimento doce que se faz matéria e escorre pela minha cara agora. Hoje sinto uma vontade enorme de te abraçar, de te sentir. De novo, mas melhor. Obrigado por não desistires.

Obrigado por hoje.



___________________________

" O trágico da vida na amizade é que nem sempre se distingue, com clareza, da vida no amor. Muitas vezes, a vida na amizade enfrenta reacções, medos ou ansiedades que são semelhantes aos da vida no amor. É como se a amizade ambicionasse a ser mais daquilo que é e acabasse vítima dos mesmos males que costumamos encontrar no estado amoroso: ciúmes, sentimento de posse, desconfiança, queixumes, reclamações. Amigos ciumentos, possessivos, desconfiados, ressentidos, são o que mais há por aí. Ninguém disse que a amizade, tal como o amor, não implicava misteriosos perigos passionais.

Quando estamos apaixonados, a primeira das nossas inquietações é não termos certeza se vamos ser correspondidos. Se ao menos nos amarem tanto como nós dizemos que amamos, não haverá ressentimentos contra ninguém e o amor durará resistentemente o tempo todo. Quando somos amigos, a nossa dúvida mais profunda é se gostarão de nós com o mesmo grau de aceitação que estamos dispostos a partilhar. Se ao menos formos recebidos como queremos receber, se nos aceitarem na proporção do que nós aceitamos, poderemos ficar tranquilos que a amizade será uma experiência limpa e sem remorsos.

Na amizade e no amor, estamos sempre à espera que nos correspondam, que nos tragam o que ainda não temos, que satisfaçam os nossos desejos de reciprocidade.

E se isso não acontecer, o mais certo é que ficaremos mesmo ressentidos, amargos, conflituosos. Amigos passionais que a qualquer altura largarão as suas frustrações.

Bem sei que ninguém mata por amizade, ao passo que as cadeias estão cheias de amores não correspondidos. Mas é só porque nas amizades frustradas o desespero é mais contido. No resto, podem crer que os amigos passionais e os amantes passionais fermentam na mesma incubadora de ódio. "

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Anseio



O meu corpo pede, pede... Anseia carente por outro que o disperte, que o aqueça, que o afague e acalme... Precisa de outro que o abrasse toda a noite... Mas eu não sou só corpo! Eu também sou coração... O meu coração é o que na verdade tem maior sede. Sede de outro. Outro que não é qualquer um. Não me sinto fraca em admitir que sim... Sim preciso de alguém que tenha também corpo e coração. Que me respeite e eu respeito. Que me ajude e eu ajude. Que me faça cometer locuras só porque sim. Sorrir... Rir, chorar... Sim chorar... porque amar também dói às vezes... Partilhar pequenos nadas, que no fim são muito. Pequenos gestos, que no fim são tudo...


Pequenos nadas e gestos que me fazem sorrir sozinha quando dou por mim a pensar em ti... Quanto sem querer chamo alguém dizendo o teu nome...

Quando reparo que tenho mais de ti do que imaginava...

domingo, 8 de novembro de 2009

Quero dizer-te que...


Da primeira vez que me convidas-te pra ir para Barcelona, eu mostrei-me surpresa e pensei para mim "Quem és tu? Nem sequer me conheces e alicias-me assim..." Fiquei receosa mas por dentro estava em euforia... não duvides que tinha uma vontade enorme de ir e que sim não duvido que seria a experiência da minha vida...


Penso... Penso como se pudesse controlar o passado. Penso como teria sido se não tivesses decidido fazer o segundo curso, se eu tivesse ficado por Lisboa mais uns tempos, se não tivesse vindo a correr refugiar-me de onde lutei tanto para sair... se trabalhar num cruzeiro fosse mais fácil, se eu tivesse a minima quantia para me sustentar sozinha uns tempos, se tivesses planeado ir logo para barcelona e pela tensão da decisão de ir ou ficar, não sei até que ponto eu não teria aceitado ir contigo. Se... se...


Mas não tinha onde cair morta ... era um facto. Sabes acho que nem tudo é por acaso, e a forma como nós nos encontramos teve episódios anteriores ilicitos. Que me fazem pensar. No entanto e abstraindo-me de tudo, acho que tu apareceste numa boa altura para mim e sem dúvida tu foste uma vivência muito especial e uma boa influência na minha vida. Eu noto nitidamente o teu impacto a cada dia, ainda...


Hoje as coisas estão a resolver-se por aqui... talvez seja o certo, ou do ponto de vista politicamente correcto, o melhor... Queria agradecer-te o facto de me teres dado "aquele empurrão" para regressar à universidade... sim foste tu o gatilho, confesso! E depois uma parte bastante importante para mim... os meus amigos. Estão a reaproximar-se de mim, estão a querer resolver assuntos inacabados, sem que eu faça o que quer que seja (antes era sempre eu quem sempre corria atrás, quem se preocupava em querer que tudo ficasse bem), embora nada volte a ser como antes, porque eu simplesmente não vou permitir... Mas tenho ficado muito feliz com a atitude de todos em geral. Tenho a minha vida de volta, mas melhor, mais segura de mim. Precisei mesmo desta "estalada"! Aprendi que temos de lutar por aquilo que queremos e não apenas... querer.


Já não me asfixia mais andar por aqui... Ah mas um dia, quando já souber os caminhos de cor, vou querer mais... Vou querer viver essa "experiência da minha vida", onde for, quando for... Eu sei. (...)


Espero que a vida me permita ter mais da tua doce essência...
.:* és um mimo na minha memória *:.



É me impossivel não pensar em ti quando a oiço "YOU FOUND ME"


domingo, 1 de novembro de 2009

Finalmente

Hoje estou mais forte, hoje consigo dizer-te coisas que não conseguia sequer pensar, por ter medo que lesses os meus pensamentos. É cruelmente verdade, mesmo sem saberes era esse o teu dominio sobre mim. Sufocava só de pensar que poderia fazer-te zangar e entrava em pânico cada vez que isso acontecia. A cada instante tinha de directamente ou indirectamente saber se estava tudo bem entre nós. Mesmo que eu ficasse mal ou triste com coisas que dizias ou fazias, não importava, desde que ficasses bem comigo, era isso que achava suficiente, era isso que achava certo, era isso que achava justo. Que tu ficasses bem. Achava injusto tudo de mau que te tinham feito até então e não me importava que alguma manifestação dessa revolta caisse sobre mim. Deixava-me estar, ouvindo e sentido sem lamuriar. Hoje olho e vejo, que relação doentia se tornou, que imaturidade e falta de personalidade. Não sei. Tento buscar o antes... Antes disso era respeito e admiração, curiosidade em conhecer-te... estabelecemos uma rotina diária de convivio que me preenchia e me acolhia nas minhas crises, duvidas e incertezas da altura. Mas começaram os sentimentos que entre nós não coincidiam. Depois veio o medo. O medo de perder aquele pilar seguro de todos os saberes e conforto que representavas para mim, o medo de deixares de gostar de mim, depois o medo das tuas reacções. E apenas me calava, fazia ou aceitava tudo o que "impunhas". Provavelmente não tinhas intenção de o fazer ou de nada disto, e nem te dizia o que realmente sentia abafado por esse sentimento que insanamente me dominava, o medo(?)... Mas eu sabia a solução, para o bem de ambas... mas não a punha em prática! Era sem dúvida afastar-me apesar das consequências que tanto temia... adiei vezes sem conta essa possibilidade até que uma vez tentei e foi um desastre, reagiste com se eu te tivesse traído. E não fui. Não fui mesmo sentido a tua ira, o teu vazio de sentimentos por mim. Já não via nada dentro de ti que me fizesse acreditar no que haviamos um dia contruído. Mas estupidamente não me importava, estava ali ao pé de ti. Ai perguntei-me vezes sem conta se éramos realmente amigas, que sentimentos nutriamos uma pela outra. Mas não havia nunca uma resposta concreta. O silêncio reinava em horas cruciais. Foi um situação bastante instável e que eu me revolvia para entender. Hoje não sei. Não sei nada de nós... Não sei o que sentes... e nem percebo bem o que eu própria sinto. Ainda não consegui definir isso, ou talvez nunca consiga. Não sei. Numa exaustão de tudo e até de mim, recolhi-me então e deixei-me estar aqui, sem já nada esperar. Só queria que o meu confuso coração acamalsse e que a razão o aconcelhasse, enquanto me bombardiavas com palavras tão duras que quase me matavam ou com palavras tão doces que me faziam acreditar que tudo dali em diante seria diferente. Mas não, era já um ciclo sem fim...
E agora? Agora estou aqui, calma... a pensar em ti.


Sim tens razão, hoje estou diferente. Todos os sinónimos de divergência serviriam para mim agora. Sou a mesma mas diferente. É um eu mudado, transformado, num outro eu que ficou lá atrás esquecido abandonado, mas melhor. Retomei de novo a mim... Cai nas garras da possessividade e fiquei literalmente cega. Só te via a ti e o teu mundo, quis penetrar nele sem licença e transformar-me em ti Já nem a tua opinião sobre nós me importava. Diria que te queria tanto, que houve coisas que idealizavas numa mulher que transformei em mim. E é unicamente nisso que estou diferente, voltei ao que era, a olhar para mim... a olhar por mim. Finalmente.


Mas ainda penso em ti... Sempre.




sábado, 31 de outubro de 2009

Home




" às vezes lá onde moro, fico à noite a olhar as estrelas e oiço o tempo passar, mas não me angustia mais pois sei que é justo e tudo o resto é falso..."

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

29 de Outubro

Hoje não sinto aquela necessidade oculta de fugir. Estou bem aqui onde estou.

Mas...
Não quero estar sozinha, vou buscar-te e tu não negas. Tu sabes que a principal razão porque te vou buscar é por isso mesmo, e não contestas.
Meia noite. Viajava contigo por aí...

Vamos para casa, subo aquele declive assustador de alcatrão. Não, para casa ainda não... Ainda não.


Quero ir lá bem ao cimo,
Quero apreciar o céu,
Quero apreciar o lugar lindo onde moro, de onde quis insanamente libertar-me,
Quero ir até ao topo e olhar todo aquele encanto luminoso longíquo que me traz sensações de uma vida inteira, que ainda não é vida. Sensações. Recordo boas, más e as que não vivi.

Olho a lua... Está a crescer, é quase lua cheia e esbate a escuridão da noite. Ela sorri e eu simplesmento sorriu de volta.

Oiço então uma voz. Desculpa, estás ai... Por momentos deixei-te sozinha. Oiço cantares baixinho uma música linda, uma música para mim. Nunca ninguém o fez. És paz, és energia positiva e boa de se sentir. Abraça-me, preciso. É estranho como apareceste.
Enquanto tendo adormecer junto de ti, já a meio da noite, oiço as primeiras pingas, eu sabia que ia chover... chove sempre neste dia e é bom.

A 150km/h corro! Hoje quero tudo o que amo, quero tudo o que me faz bem, quero sentir que é um dia especial, é o meu presente.


Pego do Inferno!
Mergulho naquela água gélida que me aquece e me faz sentir que sou feita de matéria viva. Busco naquele lugar mágico a minha essência envolta em aparência. Sinto-me revitalizada.






Não queria, mas chorei...

Lágrimas de emoção, recebo nos braços um grande ramo de 20 rosas brancas, rodeada de tantas pessoas importantes. Obrigado Mãe.

Lágrimas de esperança, recebo uma mensagem de reconciliação de uma grande amiga que julguei perdida.

"Hoje é algum dia especial é isso? PARABÉNS PARABÉNS... Bolo, laranjada e muitos doces para ti, não me esqueci não... espero que tenhas passado um bom dia, (...) tenho pena de não estar mais perto de ti (...) que me perdoes por tudo (...) e se quiseres estou de braços abertos para te receber e tentarmos ser o que éramos... porque te amava pela amiga que eras..."

Lágrimas de saudades, queria que fizesses parte disto, ainda que não acredites.

No fim não consigo descrever este dia. Não hoje.

20 anos

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pávida


Pávida.

Sinto tudo e nada num turbilhão que se mistura com lágrimas. Hei-las de novo.



Não sei se lágrimas de dor.

Não sei se lágrimas de alivío.

Não sei se lágrimas de revolta.



Choro e não consigo desmistificar o porquê...



Preciso limpar-me por dentro e por fora. Meto-me debaixo do chuveiro.

Tento não as sentir mas sinto-as... ainda lá estão... lágrimas, lágrimas que se envolvem com a àgua doce do duche e me fazem perder as forças. Deixo-me cair e escondo-me, com as minhas mãos, a cara com vergonha de mim mesma. Levanta-te! Eu levanto-me.


Às vezes ainda choro.

Às vezes fazes-me chorar.

Às vezes apenas preciso.



Penso que a cada lágrima me sinto mais forte. Mentira. O sentimento de fragilidade volta e domina-me sempre com a mesma intensidade. E cansa! Leva-me até à exaustão.


Adormeço assim embalada num pranto que me acalma e me rejuvenece.



Até amanhã.

Eu fico bem.

Espero que tu também.

sábado, 3 de outubro de 2009

Amo...


Deitar-me num tapete...
Beber um copo gigante de leite fresco...
Conduzir contra o sol a pôr-se...
Adormecer a ouvir a chuva...
Beijar o meu corpo ao sair do banho...
Não ter horas para acordar...
Petit Gatêau...
Andar nua pela casa...
Tomar banho a ouvir música...
Banana Split...
Dormir abraçada a um outro corpo...
Caminhar pela praia ao fim da tarde...
Ver todos os filmes de domingo à tarde alapada no sofá...
Fazer retratos...
Sorrir a olhar para uma sms, ou a ouvir uma música...
Ver-me de traje...
Motos...
Ver uma casa sofisticada...
Cascatas...
Brownies...
Ver desenhos animados no cinema...
Dar a mão...
Manifestações publicas de carinho...
Acordar com a luz a entrar no quarto...
Um cama cheia de almofadas e bem fofinha, daquelas em que nos afundamos...
Uma massagem...
Ler uma frase bonita...
Mudar o meu quarto, o meu espaço...
Vestir-me de forma provocante...
Um balde enorme de pipocas...
Verde...
Cavalos...
Conduzir à chuva...
Familia e bons amigos...

Romã com leite...
Um bom banho de espuma e aromas, e de preferencia numa banheira de hidromassagens...
Ir até um lugar muito alto com único intuito de ficar olhando a lua...

(to be continue...)

Sentimento


Todo o sentimento é produto de uma inter-relação, logo a sua medida nem sempre coincide com a medida do próximo. Há a fase da idealização do outro, nessa fase nós profetizamos aquilo que não conhecemos. Completamos a personalidade do ser com aquilo que nós gostaríamos de ser, ou de ter. Essa é a fase mas perigosa, mas também a mais intensa de um relacionamento.

O tempo passa, e muitas ilusões ficam para trás. Toda a ilusão desaparecerá um dia. Começa-se a ter uma visão diferente do outro, deixa de ser o herói, agora o outro é mais próximo de nós. Nesse ponto firma-se, ou não, um sentimento. Nesse instante é o momento para delinear com mais precisão o que sentimos, é a hora de nomear o sentimento: saber se é amor, se é amizade, se é indiferente. Aqui é o momento da escolha. Todo o sentimento é uma escolha, para seguir em frente, nesse momento, é inevitável a manifestação da vontade clara e livre de vícios.

Da certeza da escolha inicia-se a construção, nessa fase o sentimento dos dois começa a tornar-se um só sentimento. É hora de maximizar a confiança, de enfrentar com bravura as provações, porque elas virão! Somente a partir da certeza de um sentimento, somado com as provações necessárias para o seu enraizamento é que se poderá então viver plenamente um sentimento. Aqui não existe o jogar-se "de cabeça", nesse estágio navegamos com tranquilidade, por saber das curvas desse mar, dos seus desvarios, das suas manhas.
Portanto, todo sentimento é construção.

sábado, 19 de setembro de 2009

O meu Ouro são Sonhos


Sangra, a vida como um punhal às vezes sangra
E tal como o sentir da tua boca
Que foi feita para beijar e às vezes morde
Que parece sensata e às vezes se torna louca
E dói porque a pele não é matéria morta
E dói porque o querer é sofrer às vezes

Medo, a vida dá que pensar e mete medo
E espero pelo momento em que surge a brisa
Que afaga o teu ser em noites de lua cheia
Que prende, solta, acalma e me enlouquece
E assusta pelos gemidos que tu provocas
E também porque o querer é tremer às vezes

E cada um em seu caminho
Grita, canta e rasga os seus medos
E cada qual em seu destino
Busca o sol, vai tentar saber quem é

E fica presa na trincheira a ilusão
Lançando pedras contra a última fronteira
A que separa o mar do céu
Não vejo em ti qualquer barreira
E assim parto para a guerra
E sou semente na terra

E não me peças tanto coração
Que esse teu querer não tem razão
O que tenho é um castelo numa estrela
E já não tenho forças para negar
E sabes que pouco vais ganhar
E o meu ouro são os sonhos desta vida.

Ri, a vida como um vulcão às vezes ri
E nada tem a ver com o tempo
E ri porque para ela somos tão leves
Tão leves como o voar desses teus desejos
E porque o teu pranto não lhe dá pena
E também porque o querer é rir às vezes

Vive, a vida por compaixão às vezes vive
E nada tem a ver com a morte
E quando chegar esse instante
Deixa-me ver-te
Que não há maior liberdade que ter-te em frente
E o facto de não te amares não é desculpa
E vive porque o querer é viver mais vezes

E enquanto acredito não vais
Escutar o meu grito
Pois à dor não me vou dar
Pois sofrer também é vida

E não digas nada
Deixa-me estar na janela
Com o corpo noutro lado
Mesmo junto ao Sol nascente

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Silêncio


Apetece-me leite... abro a porta do frigorífico e nem me dou ao trabalho de ir buscar um copo, levo o pacote directamente à boca... upps... sinto algo a refrescar-me a pele. Desce pelo queixo, deixa-se cair pelo pescoço e aiii... com o dedo impeço que chegue mais longe que a linha do top. Hummm... como é bom... dou um beijo suave na ponta do dedo para o limpar. Fiz isto tantas outras vezes e nunca me tinha dado conta de como é bom...

Caminho vagamente para o quarto.

Nem silêncio se ouve... Sensação confortante, estranho... ultimamente tenho lidado bem com a solidão. Sinto a mente vazia. Vazio que acalma o coração... Finalmente.

À espera não sei de quê... à espera não sei de quem...

Preciso sentir qualquer coisa... Não quero! Quero sim...
é... digo-te coisas que não sinto. Sinto coisas que não te digo.
Hoje não sei ser de outra maneira... Não quero! Quero sim...

Vou dormir e esperar que me surtas efeito.

Petit Gâteau


Chocolate... Petit Gâteau.

PERFEITO.

Sobre sua História, pouco se sabe na verdade. Mas leva todo o jeito de ter se originado de um erro. Alguém, provavelmente, tirou os bolinhos do forno antes do tempo e, surpresa magnífica,deu no que deu. Um daqueles raros e abençoados erros que dão certo.






"O mundo está cheio de SOFRIMENTO... mas também está cheio de formas de o SUPERAR!"

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Como vai Você...



Como vai você
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Fez-me lembrar de ti...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

(...)


Todos os dias, penso: O que irei fazer hoje que não fiz ontem? - O que farei de extraordinário que me fará lembrar este dia?
Perguntas às quais quase nunca encontro resposta. Perguntas que ficam para o dia seguinte e assim sucessivamente.
Terei oportunidade de aproveitar todos os momentos que me serão proporcionados: Um abraço, um toque, um olhar, um carinho a uma pessoa? Fico a pensar neste assunto, chego à conclusão que nunca irei aproveitar todos estes momentos. Certamente, devido a vários factores: orgulho, teimosia, arrogância. Será que vou usufruir deles novamente? Será que terei outra conjuntura favorável? Talvez! Quem realmente sabe a resposta a este tipo de interrogações?
No final de cada dia penso: Podia ter feito aquilo de outra maneira, o que me deu na cabeça para o fazer daquela? - Não poderei mudá-lo. As escolhas que fiz terão afectado o meu futuro? A minha (pouca?) experiência de vida faz-me pensar que sim.

Com o passar do tempo deixo de poder fazer determinadas coisas. Coisas que a sociedade não aceita com bons olhos a alguém com a minha idade. Vêm as responsabilidades, vão os divertimentos. Poderei eu fazer algo de extraordinário todos os dias? Algo que me faça pensar não estou arrependido de ter feito isto. Penso que nunca haverá um dia assim.
Arrependo-me do que faço, porque não penso no acto antes de agir, isto é, vou agindo em conformidade com a intuição e só depois penso nas consequências das acções proferidas pelo meu eu, este sujeito que me impele, que me conduz por este mundo que nada merece! O mais interessante é o não arrependimento que intimamente sinto. Algo não me deixa pensar nas possíveis consequências de tudo o que as minhas acções podem originar. Por vezes, mas só por vezes, a satisfação pessoal é mais importante – Eu sou mais importante!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E assim foi...

Acabei o 12.ºano meia voltada do avesso, sem saber o que fazer à minha vida. Tantas escolhas. O que queria mesmo era ir embora... tirar um curso fora do Algarve. Viver a minha imatura vontade de independência, mas tive medo e fiquei. Arrependo-me... hoje sei que teria conseguido e que teria sido a melhor das escolhas. Limitei-me assim a cursos de universidade perto de casa e entrei na minha primeira opção: TERAPIA DA FALA ...


Desde então passaram-se dois anos atribulados. Sempre cheios de vontades de ir embora, era esse o sentimento que dominava, mas a moral de estar na universidade, tão nova, ter entrado num curso de saúde e o facto de ser considerada o prodigío da família... foi me arrastando. É... iria para o 3.º ano do curso. Não sei se fiz bem. Não sei se fiz mal. Sei que o fiz... Um dia disse "chega de agradar os outros"... dei voz à minha rebeldia e guardei dois anos numa gaveta.

Estava quase, se não mesmo, em época de frequências, trabalhos de apresentação, exames... aquela fase frenética de avaliação que eu tanto odeio no sistema de ensino. Hoje ainda penso que poderia ter enfrentado essa fase apenas para terminar as cadeiras do segundo semestre, mas faria sentido continuar a lutar por algo que eu supostamente não queria para mim? Uso o termo supostamente, porque sinceramente não me sinto totalmente e inteiramente confortável com a decisão que tomei.Não sei. Talvez pela pressão em que continuamente ainda me envolvem... Maldita sejas angustia moral.

Cheguei a casa e arrumei tudo o que era do curso... dossies, livros, t-shirt's, farda de estágio, traje... Confesso que naquele momento até os meus amigos de curso queria pôr de lado. Não queria falar do assunto. (Porquê que deixas-te o curso? Porquê só agora? Que vais fazer? Porque não terminas este? ... Uma infindade de perguntas que nem para mim própria sabia as respostas ou as razões que me levavam a fazê-lo não eram fundamentadas em motivos compreensivos para os demais, apenas para mim. Ir embora.) Mesmo depois da minha decisão, não conseguia mais olhar para o que quer que fosse.... não sei se pelo tempo que dediquei, para não dizer perdi, se pelas perpectivas (porque as tive) que tinha em tudo aquilo... olhar para o que quer que fosse consumia-me e estupidamente ainda acontece.
Não gosto de desistir do que quer que seja. Mas andei a ruminar sobre o curso e defitivamente não se enquadra nas minhas perpectivas actuais de como quero levar a minha vida. Quero acima de tudo liberdade, poder excercer a minha profissão em qualquer canto do mundo. Sinta uma louca vontade de me ir por aí. Sensação que me persegue à muito.
Acho que o que realmente me fascinava e tenho pena de não continuar a viver... é o ritual da universidade. A euforia de conseguir entrar na universidade, novos colegas de tantos lugares diferentes, as praxes, os desfiles, a semana académica, os jantares... depois o praxar, ser-se madrinha, o terminar o curso, a benção das pastas... Enfim.

Que é feito de mim hoje? É... quis desesperadamente compensar o facto de ter abandonado o curso. E a minha ansiedade de arranjar uma solução não me permitiu pôr a hipótese de lutar por um lugar num outro curso universitário, ou universidade que suscitasse mais interesse à minha realização pessoal. Precisava de me preencher rapidamente. Concursos Nacionais de candidatura à universidade, mudança de curso, transferência de faculdade... mais três ou quatro anos num outro curso... para mim é pouco tempo que demora muito. Hoje não. Tenho pressa de me sentir bem, pressa de me ir. Fazer sei lá o quê, sei lá onde. Não importa.

Passei por uma escola de cursos profissionais. !MASSAGEM! Um curso de pouco tempo, dentro da área de saúde (que eu gosto) com várias opções de especialização (Reflexologia, Geotermal, Shiatsu...), que posso facilmente inscrever-me ou mudar de escola (estudar em diferentes cidades) sem grandes burocracias... e com hipóteses de emprego muito interessantes. Demasiado fácil? Talvez... E pronto troquei assim um curso de universidade por isto. Ouvi de tudo. Bom e Mau. Incentivos e Represálias. Deixei-me ir.
Parti para Lisboa para fazer um primeiro curso intensivo de massagem (Quiromassagem), que durou um mês. Mal acabei consegui trabalho temporário num empreendimento turístico e chamaram-me para estagiar num Spa de 5 estrelas, "Vila Sol Spa" (que não tive oportunidade de ir por já ter aceite o trabalho, mas fiquei bastante entusiasmada com a proposta). Ontem, o meu actual patrão fez-me uma proposta, ir trabalhar para lisboa, depois de terminar a temporada de Verão no Four Seasons Vilamoura. "Massagem Express" ou "Chair Massage" em empresas! Um experiência diferente e numa cidade em que amei estar no mês de formação.
Existe tanta possibilidade de emacipação e realização nesta profissão. Não tinha ideia.


Uma experiência única e que eu quero definitivamente viver é trabalhar com esta profissão nos Cruzeiros (http://www.onespaworld.com/) Perfeito para mim! Perfeito para a minha incoerência com a estabilidade.
(...)
Confesso que às vezes me vejo enrolada num emaranhado de pensamentos que não consigo decifrar e me agoniam, baralham... e me prendem em tanto.
A verdade é que quero o mundo, e ainda acredito que consigo tê-lo, é essa a minha razão para tudo, para toda a minha desorientação orientada... Orientada para caminhos que me levem a viver de tudo. Tenho sede de emoção. Onde estou esgotou a minha, quero mais.
SEMPRE!
Não sei o que quero? Não sei o que faço?
Tenho tudo bem estipulado e cada passo que dou é realizado com muita precisão e de forma perfeitamente consciente de todos os promenores, sejam bons ou maus, de maneira a sentir-me sempre gratificada.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Little Monkey >.<


"Era uma vez duas massagistas malucas que não paravam de falar, e rir, e dizer parvoíces e tudo e tudo e tudo durante o curso... É claro que a culpa não era da macaquinha!
Certo dia as massagistas malucas ficaram doidas e pumba catrapumba, e o resto não se diz... mas foi fofinho! =P
No fim ficaram amigas e falam muito, são umas tagarelas elas...
Pronto e viveram tontas e malucas para sempre..." x)


Quero dizer-te que és a pessoa mais...

INTUITIVA,
LOUCA,

MALUCA,
DOIDA,
DIVERTIDA,
VALENTE,
ATREVIDA,
INTELIGENTE,
AMÁVEL,
SENSÍVEL,
ESPONTÂNEA,
ELEGANTE,
SENSUAL,
ADORÁVEL,
CULTA,
IMPREVÍSIVEL,
PRESERVERANTE,
LUTADORA,

SENSATA,
ÚNICA E ESPECIAL



...que já conheci! ^-^

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Aquele canto…



Um dia disseram-me que esta seria a minha última vida. Olho para aquele canto desarrumado e enfadonho. Está cheio de tanta coisa. Assombra-me os anos que para lá empurrei. Sento-me exausta e ainda falta tanto…

Infância, juventude… Brincadeiras de escola. Amuos… Melhores amigos, muitos! Promessas. Lembranças vagas… Fortes recordações. Histórias… Ambições, derrotas! Desespero, alegria! Saudade… Estudos… muitos testamentos, muitos óssios! Grandes conquistas… Escolhas, caminhos… assuntos inacabados… tudo ali empilhado. Catorze anos condensados em cinco prateleiras.

Hoje decidi arrumar-me.
Pego em tudo e rodeio-me de mim.

Folheio cada página quase que esperando sentir de novo aqueles momentos guardados… Cheiro livros quase novos que mal usei, como adoro a sensação... Reparo agora que ainda tenho alguns cadernos completamente em branco... Olha! Que giro… uma caixinha cheia de dedicatórias e bilhetes que voavam quando o tédio apertava. E os meus cadernos cheios de desenhos, rabiscos… Nunca fui muito dada à atenção. Enfim.

Horas envolta em anos…
Pronto! Está tudo. Passo por fim, com a ponta dos meus dedos, por tudo aquilo meticulosamente organizado… Suspiro. Espero não me esquecer de passar aqui mais vezes. Passou-se tanto. Passou rápido.

E agora?
Sinto-me insatisfeita.


Por aqui...




Estou Sozinha. Eu sei.

Sabes a solidão inspira-nos...

Sei exactamente aquilo que de tenho de fazer, aquilo que quero, aquilo que preciso.

MAS...

Penso num promenor e desmorona tudo... Volto a construir, observando pacientemente cada ângulo do novo projecto... Perfeito! Vezes sem conta.

A minha força não move um milímetro do meu corpo. Tudo e Todos me puxam, me agarram! Estarei assim tão errada? Pára tudo! Parem todos! Deixem-me. Por favor... Acho que consigo desta vez.

Devia haver só o lado bom. Sempre!
Em tudo, em todos.
Não lhe daríamos valor!? Não vejo diferença... mesmo tendo o mau para comparar continuamos a não lhe dar importância.

Sonho...





Sonho com tudo. Quero tudo! Quero ser tudo! Quero fazer tudo! Quero toda gente! Quero estar em todo o lado! Quero conhecer os cantos deste pequeno mundo... é tanto o desejo de tanto tudo que chego a perder o fôlego, as forças para acreditar que posso conseguir algo... E o sonho torna-se nada!

Choro! Sozinha não consigo... Não quero!

Preciso de ti.


VEM!
Ensina-me a sonhar.
Porque eu não sei!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gosto =)




A second, a minute, an hour, a day goes by
I'm hopin' just to be by your side
I'm turnin' the handle, it won't open
Don't make me wait 'cause right now I need your smile
Knock, knock

When life had locked me out I turned to you
So open the door
'Cause you're all I need right now, it's true
Nothin' works like you

Little louder, little louder
Little louder knockin'
Little louder, little louder

A warm bath, a good laugh, an old song that you know by heart
I've tried it but they all leave me cold
So now I'm here waitin' to see you
My remedy for all that's been hurtin' me
Knock, knock

When life had locked me out I turned to you
So open the door
'Cause you're all I need right now, it's true
Nothin' works like you

You seem to know the way
To turn my frown upside down
You always know what to say
To make me feel like everything's okay

Little louder, little louder
Little louder knockin'
Little louder, little louder
Little louder knockin'

Little louder, little louder
Little louder knockin'
Little louder, little louder

When life had locked me out I turned to you
And you open the door
And you're all I need right now, it's true
Nothin' works like you

When life had knocked me down I turned to you
And you open the door
And you're all I need right now, it's true
Nothin' works like you
Nothin' works like you

When life had locked me out I turned to you
And you open the door
And you're all I need right now, it's true
Nothin' works like you

A vida é tão diferente daquilo que sonhamos... Talvez o nosso mal seja acordar!


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Não tens culpa...



Não… não ando mais uma vez a fingir que nada aconteceu… só não sei lidar ou como lidar com isto, com a situação que eu própria desencadeei. Sim tu não tens culpa. Livro-te de todas as responsabilidades.


Sei que estás farta de desculpas… e de conversas que não chegam a ser conversas, porque não as sei ter, principalmente quando se tratam de atitudes minhas que sei que não foram correctas… nisso tenho a consciência que tenho de crescer. Confesso que é mais fácil para mim fugir.


Nem sempre as coisas acontecem como queremos….


Tento ser o melhor que posso e mostrar o meu lado passivo mas de repente já estou a agir impulsivamente e o que não era para acontecer acaba acontecendo….


Sabes qual foi o meu erro?


O meu erro foi só pensar no bem-estar momentâneo que eu queria proporcionar-me. O meu erro foi não seguir os meus princípios, foi esquecer o que sou e deixar-me levar.



Mais uma vez o meu erro foi esquecer que existes. Foi esquecer-me da tua importância para mim…

sábado, 30 de maio de 2009

You should be Here




"20,000 seconds since you've left and I'm still counting
And 20,000 reasons to get up, get something done
But I'm still waiting
Is someone kind enough to
Pick me up and give me food, assure me that the world is good

But you should be here, you should be here

How colors can change and even the texture of the rain
And what's that ugly little stain on the bathroom floor
I'd rather not deal with that right now
I'd rather be floating in space somewhere or
Worry about the ozone layer

And it's almost like a corny movie scene
But I'm out of frame and the lighting's bad
And the music has no theme

And we're all so strong when nothing's wrong
And the world is at our feet
But how small we are when our love is far away

and all I need is you..."



"Foste a melhor coisa que aconteceu na minha vida... Não chores... eu vou estar aqui sempre.. para sempre. "

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Amo-te Mãe




Vi este video e lembrei-me de ti xD
És uma chata, uma chata das grandes...
Ainda assim acho que és perfeita!!!

Confesso que muitas vezes desejei ter uma Mãe melhor... queria abraços só porque sim, queria beijinhos só por que sim, queria um "gosto de ti" só porque sim... mas nunca foste muito dada a isso... quantas vezes te odiei por isso... quantas vezes pensei que não gostavas de mim... quantas vezes me odiei por pensar isso de ti... Mas...
Cada sentimento de perda...
Lembras-te quando eu era bem pequenina e nos perdemos uma da outra num grande mercado? Não te larguei a blusa durante tempos e tempos com medo de te perder de novo... E quando a cozinha ardeu e só vi fogo à tua volta e em ti... como morri de medo... =(
Cada sensação de afastamento...
Lembras-te de não conseguir dormir sozinha? E assim que adormecia saias de perto de mim e segundos depois já estava atrás de ti... E acabava a dormir contigo e com o pai?
A cada susto que tive contigo...
Lembraste quando foste parar ao hospital por teres bebido de mais porque o pai não apareceu no teu aniversário? E quando vocês discutiram uma vez e desapareceste durante horas sem dares noticias? Tenho sempre medo quando te vais a abaixo...

Todas essas situações e muitas outras me tem mostrado o quanto eras e és importante para mim... e só hoje olho para pequeninos gestos teus que mostram o quanto eu sou importante para ti... Tantos pequeninos grandes gestos feitos desde sempre vindos de um só, enorme... o teu amor... Devo-te muita coisa, por isso hoje sou eu que te abraço, hoje sou que te dou beijinhos, hoje sou que te digo "gosto de ti"... e vejo o quanto isso te deixa feliz, vejo o tamanhão do teu sorriso... como é bom isso...

Se há alguém que me conhece realmente, essa pessoa és tu... sabes cada sensação minha, cada sentimento... e subtilmente respeitas cada momento meu, olhando e perguntando sem muitas vezes ouvires resposta... se o faço hoje é porque quero proteger a ti e a mim... e sei que não insistes porque também sabes que já não consegues proteger-me de tudo... peço-te apenas para continuares a olhar por mim e eu assim o farei por ti.

Amo-te muito Mãe, quero ser sempre e sempre melhor para ti...
ABRAÇO assim APERTADO

Melhor Amiga de Eu =D


terça-feira, 21 de abril de 2009

Para ti...



And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her skies

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off you
I can't take my mind off you...
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new

Absorvo as tuas palavras, absorvo os teus gestos, absorvo o teu ser... Não consigo tirar os meus olhos de ti, não consigo tirar-te da minha mente...

É tudo estranhamente tão diferente... Nunca esperei encontrar uma pessoa com os teus valores e ainda não acredito... és real? És tanto... quero dizer-te o quanto mas as palavras não me chegam... Sei que não achas isto tudo... mas assim como o disseste a mim, agora te digo a ti és tão mais do que aquilo que pensas... Se o mundo fosse um bocadinho de ti seria bem melhor... És tão verdadeira, tão sensata, tão espontânea, tão tu...

Não pensei passar por este sentimento outra vez mas ele agarrou-me antes que conseguisse fugir... e prende-me, prende a mim e prende a ti... Só queria que isto passasse... tentei ultrapassar, sempre tentei e ainda tento... Apesar disso continuas ai para mim... não me afastas e importaste comigo... és sempre diferente... não sei se reagiria tão ponderadamente como tu.

Só gostava de ser a amiga que és pra mim, de gostar de ti da forma inocente, linda e tão boa como tu gostas de mim... Gostava de ser a pessoa com quem partilhas tudo sem que isso de alguma forma me afectasse, pelo contrário, me fizesse sentir bem por te sentires plenamente à vontade comigo e não reprimir nenhum gesto que tivesses simplesmente vontade de fazer ou palavra que quizesses dizer sem pensar... como duas amigas fariam sem qualquer tipo de constragimento... como gosto desse sentimento leve, era tudo tão mais fácil, tão melhor... Temos momentos assim, já os senti... Ainda assim acredito que um dia assim o será sempre, sem mágoa... apenas bom...

Antes de gostar de ti assim... gosto de ti como pessoa, gosto de ti como uma grande amiga... e por isso peço desculpa... peço desculpa a ti e peço desculpa a mim...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Música mais Linda




Definitivamente a melhor música de sempre, diz TUDO. <3

"A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo o que era fundo fica perto


Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim do mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor

Se eu fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Trocamos as palavras mais escondidas

Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer

Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
O olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto"

Mafalda Veiga

terça-feira, 31 de março de 2009

Nada de nada...


Digamos que não tenho feito nada da vida... Sim saiu da cama e vou a ALGUMAS aulas, trabalho aos fins de semana e tudo mais... mas tenho feito tudo apenas por fazer... não gosto disso, não gosto como ando a fazer as coisas...

Se vou à aulas não sei até que ponto isso é viável... Juro que não consigo tomar atenção a nada de nada... e isso deixa-me frustrada e faz-me sentir que os meus dias na faculdade são inúteis, porque estou numa cadeira sentada o dia todo a fazer bonecos num caderno, quando não pego em mim e faço intervalos infindáveis... "Do que falaram hoje? - Sei lá..." Sempre fui mais ou menos assim mas cada vez sinto que estou pior. Não é apenas distracção, nem aborrecimento... sei lá é estranho, até os meus colegas me chamam à atenção porque estou sempre a aborrecê-los, enfim... Não parece nada de especial, mas a atenção é crucial e facilitava-me bastante na aprendizagem. Depois estudar para mim é um suplicío quando vou ler alguma coisa em casa que, supostamente "nunca ouvi"... Mas não é só nas aulas, o meu nível de atenção onde quer que seja é igual, ou seja, péssimo... Sinto-me estúpida, a sério... Tenho a sensação de estar a pensar em milhões de coisas ao mesmo tempo e não consigo ouvir ou falar com alguém sem que o meu pensamento se vá... Começo a achar que preciso de algum tipo de ajuda... Pensei em hipnoterapia ou psicanálise, não sei... só sei que se continuar assim, vou andar cada vez mais frustrada e frustrar as pessoas com quem convivo. Não ando a conseguir fazer nada com cabeça... O que me afecta mais é o facto de isso também se ter vindo a reflectir na minha vida social... Para não falar que às vezes não me apetece ver nada nem ninguém... Só ficar na cama... Ando tão a leste de tudo e de todos que às vezes tenho a sensação que nem existo... E se existo, pra quê ou pra quem? Sinto a minha mente pesada, só quero libertar-me disto e viver... porque gosto de viver, gosto das pessoas, gosto do mundo...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Odeio...

Odeio quando me odeio...
Odeio quando me sinto estúpida...
Odeio quando sou estúpida...
Odeio quando faço dramas...
Odeio quando dou demasiada importância a certas coisas...
Odeio quando não dou importância a coisas boas que tenho...
Odeio quando não sei o que dizer...
Odeio quando minto com medo da reacção do outro...
Odeio quando não acreditam em mim...
Odeio quando quero falar e bloqueio...
Odeio quando falo antes de pensar...
Odeio quando tenho coisas para fazer e não as faço...
Odeio quando odeio tudo à minha volta...
Odeio quando não gosto de alguém...
Odeio quando me isolo...
Odeio quando me sinto carente...
Odeio quando preocupo os outros...
Odeio quando me esqueço de alguma coisa importante...
Odeio quando sou desastrada...
Odeio quando sou distraída...
Odeio quando magou alguém...
Odeio quando penso demasiado nas coisas...
Odeio quando não me consigo concentrar...
Odeio quando não sei como ajudar...
Odeio quando me sinto sozinha...
Odeio quando não sei como agir...
Odeio quando não sei estar...
Odeio quando sinto ciúmes...
Odeio quando desconfio...
Odeio quando me sinto inútil e insegura...
Odeio quando têm demasiadas expectativas em mim...
Odeio quando me sinto pressionada...
Odeio quando apresento trabalhos...
Odeio quando não consigo pintar as unhas...
Odeio quando tenho o quarto desarrumado...
Odeio quando tenho o carro por limpar...
Odeio quando não tenho nada para fazer...
Odeio quando está um dia lindo e tenho que ficar em casa a estudar...
Odeio quando não me lembro de um caminho onde já passei...
Odeio quando não me lembro de uma receita que já fiz...
Odeio quando o meu cabelo não fica perfeito...
Odeio quando tenho de fazer depilação...
Odeio quando chego a casa e tá tudo aos berros...
Odeio quando discutem à minha frente...
Odeio quando tenho horas para acordar...
Odeio quando escrevo estas coisas...
(to be continue...)

domingo, 8 de março de 2009

Faculdade - Inicio do 2.º Semestre do 2.º Ano


As aulas começaram há já uma semana, dia 2... prometi a mim mesma que ia dar o máximo de mim neste semestre, mas não encontro forças... distraiu-mo com a miníma possibilidade de poder escapar ao que quer que esteja relacionado com "faculdade". O meu máximo de atenção é digamos cerca de 10 minutos, na melhor das hipóteses e em qualquer que seja a tarefa, seja apontamentos nas aulas, seja rever matéria em casa, o que for... A minha sanidade mental entra totalmente em colapso e o sono torna-se tão insuportável, que acabo bocejando sem cessar ou até mesmo "cair pró lado"... é quase automático só de pegar numa meia duzia de slides para ler...
Os professores deste semestre pareceram-me excelentes, ao contrário da maioria dos que tenho vindo a ter até agora. Esta semana de apresentações tem sido uma "explosão" de exigência... Só falta mentalizar-me que deveria preparar-me proporcionalmente ao decorrer da aulas, o que nunca chega a acontecer e quando "acordo" já estamos em véspera de entrega de trabalhos, apresentações, estudar intesivamente para as frequências, exames, entrega de relatórios de estágio... Espero que tanto as cadeiras, agora mais especificas, como exigência demosntrada e pedida pelos docentes, me motive a permancer neste caminho em que eu, há cerca de 1 ano e meio, decidi arriscar...

sábado, 7 de março de 2009

Confesso


Se algum dia arranjar coragem era esta a opção que eu escolheria...

"Mãe... Pai... Não espero de vocês a melhor reacção ao que tenho para vos dizer há já algum tempo... não planeei escrevê-lo, mas não sou capaz de continuar nisto por mais tempo, nesta mentira, a assumir o peso de algumas das expectativas que sei que vocês depõem em mim e a que eu serei, jamais, capaz de corresponder, por isso vos escrevo... talvez já saibam, talvez isto seja tudo desnecessário, mas quando os vossos olhos pousarem nestas linhas eu espero já estar bem longe para não ter que reparar noutros gestos, palavras e expressões que me firam ainda mais do que outros que vocês têm insistido em usar desde sempre, sobretudo ultimamente...Sim, sou homossexual, uma dessas aberrações que vocês abominam, um desses "bichos" que tanto vos repugna e serve de matéria para piadas subtis, mas a culpa não é minha. Não é vossa. Não é de ninguém. Não preciso de pena, de mais guerras, nem de mais olhares estranhos... preciso de estar só, comigo, de viver a minha vida, de ser quem sou sem vergonha, medo, sentimentos de culpa... não Mãe, não erraste em nada; não Pai, tu também não; não pensem nisto como um erro da natureza... é um facto, não é uma doença; é um atributo meu tão natural como o facto de ser rapariga, não o resultado de algum erro vosso... eu levei muito tempo para perceber isto e por isso não espero que o entendam já; sei que não é fácil nem é um assunto que, sobretudo para vocês, possa ser encarado de ânimo leve...Não sintam culpa de nada, não se consumam em interrogações vãs e mútuas por causa disto... isto é um assunto meu... lamento se logrei os vossos sonhos, os vossos desejos, as vossas expectativas, a vossa vontade de ter uma filha "normal", mas eu preciso demasiado de ser feliz para poder abdicar daquilo que sou. Perdoem-me as noites a chegar a casa com os olhos enevoados do choro e os silêncios suspeitos calados atrás da porta do meu quarto, mas acreditem que não podia ter sido de maneira diferente. Eu vou viver com isto. E procurar ser feliz. A única coisa que vos peço é que respeitem estes parágrafos que tão dificilmente sairam de todo este silêncio de anos, não que aceitem, que procurem lidar com o assunto e, muito menos, justificar seja o que for... eu preciso disto, acreditem. Lamento que as coisas não tenham funcionado melhor entre nós e, talvez, o facto de não ter tido a coragem suficiente para vos dizer a verdade... cara a cara. Não escrevi isto para vos fazer sofrer, mas para vos poupar das dúvidas que talvez já tivessem tido e sobretudo para cessar com a mentira, e poupar-me de mais dor...Desculpem-me se não queriam saber, se sentem que vos teria podido poupar disto... mas sinto que não podia ter sido de outra forma... Um obrigado por terem lido isto até ao fim, um obrigado por tudo até hoje... um pedido de desculpas se foi demasiado brusco para vocês lê-lo assim, tão de surpresa e quase sem jeito, mas não permitam que isto afecte em nada a vossa vida... eu vou viver a minha; não vos peço nada, não precisam de voltar a encarar-me se não quiserem, nem de facilitar esforços... espero que fiquem bem, de todo o coração..."