sábado, 19 de setembro de 2009

O meu Ouro são Sonhos


Sangra, a vida como um punhal às vezes sangra
E tal como o sentir da tua boca
Que foi feita para beijar e às vezes morde
Que parece sensata e às vezes se torna louca
E dói porque a pele não é matéria morta
E dói porque o querer é sofrer às vezes

Medo, a vida dá que pensar e mete medo
E espero pelo momento em que surge a brisa
Que afaga o teu ser em noites de lua cheia
Que prende, solta, acalma e me enlouquece
E assusta pelos gemidos que tu provocas
E também porque o querer é tremer às vezes

E cada um em seu caminho
Grita, canta e rasga os seus medos
E cada qual em seu destino
Busca o sol, vai tentar saber quem é

E fica presa na trincheira a ilusão
Lançando pedras contra a última fronteira
A que separa o mar do céu
Não vejo em ti qualquer barreira
E assim parto para a guerra
E sou semente na terra

E não me peças tanto coração
Que esse teu querer não tem razão
O que tenho é um castelo numa estrela
E já não tenho forças para negar
E sabes que pouco vais ganhar
E o meu ouro são os sonhos desta vida.

Ri, a vida como um vulcão às vezes ri
E nada tem a ver com o tempo
E ri porque para ela somos tão leves
Tão leves como o voar desses teus desejos
E porque o teu pranto não lhe dá pena
E também porque o querer é rir às vezes

Vive, a vida por compaixão às vezes vive
E nada tem a ver com a morte
E quando chegar esse instante
Deixa-me ver-te
Que não há maior liberdade que ter-te em frente
E o facto de não te amares não é desculpa
E vive porque o querer é viver mais vezes

E enquanto acredito não vais
Escutar o meu grito
Pois à dor não me vou dar
Pois sofrer também é vida

E não digas nada
Deixa-me estar na janela
Com o corpo noutro lado
Mesmo junto ao Sol nascente

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Silêncio


Apetece-me leite... abro a porta do frigorífico e nem me dou ao trabalho de ir buscar um copo, levo o pacote directamente à boca... upps... sinto algo a refrescar-me a pele. Desce pelo queixo, deixa-se cair pelo pescoço e aiii... com o dedo impeço que chegue mais longe que a linha do top. Hummm... como é bom... dou um beijo suave na ponta do dedo para o limpar. Fiz isto tantas outras vezes e nunca me tinha dado conta de como é bom...

Caminho vagamente para o quarto.

Nem silêncio se ouve... Sensação confortante, estranho... ultimamente tenho lidado bem com a solidão. Sinto a mente vazia. Vazio que acalma o coração... Finalmente.

À espera não sei de quê... à espera não sei de quem...

Preciso sentir qualquer coisa... Não quero! Quero sim...
é... digo-te coisas que não sinto. Sinto coisas que não te digo.
Hoje não sei ser de outra maneira... Não quero! Quero sim...

Vou dormir e esperar que me surtas efeito.

Petit Gâteau


Chocolate... Petit Gâteau.

PERFEITO.

Sobre sua História, pouco se sabe na verdade. Mas leva todo o jeito de ter se originado de um erro. Alguém, provavelmente, tirou os bolinhos do forno antes do tempo e, surpresa magnífica,deu no que deu. Um daqueles raros e abençoados erros que dão certo.






"O mundo está cheio de SOFRIMENTO... mas também está cheio de formas de o SUPERAR!"

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Como vai Você...



Como vai você
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Fez-me lembrar de ti...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

(...)


Todos os dias, penso: O que irei fazer hoje que não fiz ontem? - O que farei de extraordinário que me fará lembrar este dia?
Perguntas às quais quase nunca encontro resposta. Perguntas que ficam para o dia seguinte e assim sucessivamente.
Terei oportunidade de aproveitar todos os momentos que me serão proporcionados: Um abraço, um toque, um olhar, um carinho a uma pessoa? Fico a pensar neste assunto, chego à conclusão que nunca irei aproveitar todos estes momentos. Certamente, devido a vários factores: orgulho, teimosia, arrogância. Será que vou usufruir deles novamente? Será que terei outra conjuntura favorável? Talvez! Quem realmente sabe a resposta a este tipo de interrogações?
No final de cada dia penso: Podia ter feito aquilo de outra maneira, o que me deu na cabeça para o fazer daquela? - Não poderei mudá-lo. As escolhas que fiz terão afectado o meu futuro? A minha (pouca?) experiência de vida faz-me pensar que sim.

Com o passar do tempo deixo de poder fazer determinadas coisas. Coisas que a sociedade não aceita com bons olhos a alguém com a minha idade. Vêm as responsabilidades, vão os divertimentos. Poderei eu fazer algo de extraordinário todos os dias? Algo que me faça pensar não estou arrependido de ter feito isto. Penso que nunca haverá um dia assim.
Arrependo-me do que faço, porque não penso no acto antes de agir, isto é, vou agindo em conformidade com a intuição e só depois penso nas consequências das acções proferidas pelo meu eu, este sujeito que me impele, que me conduz por este mundo que nada merece! O mais interessante é o não arrependimento que intimamente sinto. Algo não me deixa pensar nas possíveis consequências de tudo o que as minhas acções podem originar. Por vezes, mas só por vezes, a satisfação pessoal é mais importante – Eu sou mais importante!