quarta-feira, 2 de setembro de 2009

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Todos os dias, penso: O que irei fazer hoje que não fiz ontem? - O que farei de extraordinário que me fará lembrar este dia?
Perguntas às quais quase nunca encontro resposta. Perguntas que ficam para o dia seguinte e assim sucessivamente.
Terei oportunidade de aproveitar todos os momentos que me serão proporcionados: Um abraço, um toque, um olhar, um carinho a uma pessoa? Fico a pensar neste assunto, chego à conclusão que nunca irei aproveitar todos estes momentos. Certamente, devido a vários factores: orgulho, teimosia, arrogância. Será que vou usufruir deles novamente? Será que terei outra conjuntura favorável? Talvez! Quem realmente sabe a resposta a este tipo de interrogações?
No final de cada dia penso: Podia ter feito aquilo de outra maneira, o que me deu na cabeça para o fazer daquela? - Não poderei mudá-lo. As escolhas que fiz terão afectado o meu futuro? A minha (pouca?) experiência de vida faz-me pensar que sim.

Com o passar do tempo deixo de poder fazer determinadas coisas. Coisas que a sociedade não aceita com bons olhos a alguém com a minha idade. Vêm as responsabilidades, vão os divertimentos. Poderei eu fazer algo de extraordinário todos os dias? Algo que me faça pensar não estou arrependido de ter feito isto. Penso que nunca haverá um dia assim.
Arrependo-me do que faço, porque não penso no acto antes de agir, isto é, vou agindo em conformidade com a intuição e só depois penso nas consequências das acções proferidas pelo meu eu, este sujeito que me impele, que me conduz por este mundo que nada merece! O mais interessante é o não arrependimento que intimamente sinto. Algo não me deixa pensar nas possíveis consequências de tudo o que as minhas acções podem originar. Por vezes, mas só por vezes, a satisfação pessoal é mais importante – Eu sou mais importante!

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