Pávida.
Sinto tudo e nada num turbilhão que se mistura com lágrimas. Hei-las de novo.
Não sei se lágrimas de dor.
Não sei se lágrimas de alivío.
Não sei se lágrimas de revolta.
Choro e não consigo desmistificar o porquê...
Preciso limpar-me por dentro e por fora. Meto-me debaixo do chuveiro.
Tento não as sentir mas sinto-as... ainda lá estão... lágrimas, lágrimas que se envolvem com a àgua doce do duche e me fazem perder as forças. Deixo-me cair e escondo-me, com as minhas mãos, a cara com vergonha de mim mesma. Levanta-te! Eu levanto-me.
Às vezes ainda choro.
Às vezes fazes-me chorar.
Às vezes apenas preciso.
Penso que a cada lágrima me sinto mais forte. Mentira. O sentimento de fragilidade volta e domina-me sempre com a mesma intensidade. E cansa! Leva-me até à exaustão.
Adormeço assim embalada num pranto que me acalma e me rejuvenece.
Até amanhã.
Eu fico bem.
Espero que tu também.
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