terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pávida


Pávida.

Sinto tudo e nada num turbilhão que se mistura com lágrimas. Hei-las de novo.



Não sei se lágrimas de dor.

Não sei se lágrimas de alivío.

Não sei se lágrimas de revolta.



Choro e não consigo desmistificar o porquê...



Preciso limpar-me por dentro e por fora. Meto-me debaixo do chuveiro.

Tento não as sentir mas sinto-as... ainda lá estão... lágrimas, lágrimas que se envolvem com a àgua doce do duche e me fazem perder as forças. Deixo-me cair e escondo-me, com as minhas mãos, a cara com vergonha de mim mesma. Levanta-te! Eu levanto-me.


Às vezes ainda choro.

Às vezes fazes-me chorar.

Às vezes apenas preciso.



Penso que a cada lágrima me sinto mais forte. Mentira. O sentimento de fragilidade volta e domina-me sempre com a mesma intensidade. E cansa! Leva-me até à exaustão.


Adormeço assim embalada num pranto que me acalma e me rejuvenece.



Até amanhã.

Eu fico bem.

Espero que tu também.

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